Um mundo em busca de significados.
“A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outo, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Desde a tenra idade a escola deve aproveitar as ocasiões para esta dupla aprendizagem”. (Jaques Delors).
Somos todos os dias surpreendidos por histórias de superações de seres humanos que, apesar das suas deficiências físicas, emocionais, mentais conseguem fazer valer o “por que” da vida. A deficiência de toda espécie sempre assustou as famílias, a sociedade, pois apresenta o inesperado, algo novo, desconhecido, outra realidade a ser transformada, imprimindo uma condição real, que, cada núcleo familiar terá que se adequar, aceitando ou rejeitando e, dependendo destas decisões, haverá saídas possíveis, para a melhora do sujeito ou o seu declínio.
Entendemos que, a aceitação torna-se o caminho mais claro, lugar este, que vai aos poucos sendo significado, pois o sonho do filho ideal falhou e, todos os ajustes serão sempre parciais, redesenhando novos signos e, com estas possibilidades, incluindo este sujeito na convivência familiar, escolar, social. A história do homem na terra nos relata que; a deficiência nunca fora aceita e, os abandonos ou a morte dessas pessoas eram indiferentes para a sociedade.
No decorrer da história cada cultura tentava dar jeito a seu modo, supondo não haver nestes sujeitos a inteligência, a capacidade de aprender. Assim, a sociedade excluía pessoas inaptas a produzir. Nossa época tenta restabelecer uma nova cultura e, diante destes desafios multiculturais, somos convocados a repensar, rever atitudes, acompanhar a evolução das leis, destituírem preconceitos, para ceder lugar à integração, havendo a possibilidade de se fazer a inclusão. Incluir o outro (a), está no campo da reintegração de uma sociedade educacional que, necessita considerar a ética como pilar sustentador das relações interpessoais, onde reside a nossa capacidade de construir o respeito pelas diferenças; raciais, pluriculturais.
Abraçar esta causa significa, em primeira estância, procurar fortalecer a rede parental, social, afetiva e, possibilitar aos demais sujeitos “normais”, construir consciência e respeito por estas interlocuções. Incluir as diferenças, nos torna capaz de reconhecer a educação como tarefa peculiar e, fazer da aprendizagem diária algo surpreendente, assegurando um lugar especial para todos nas instituições escolares. Repensar a ESCOLA como um lugar de inclusão, implica exercer os exercícios de cidadania, exigindo tratamentos “Especiais” a todos os cidadãos.