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Estamos falando de crianças!

“O indivíduo é social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude de uma necessidade interna”. Henri Wallon, médico e psicólogo.

Em todas as fases dos sujeitos em desenvolvimento, carece atenção, esta que muitas vezes não só está depositada nos filhos, mas, principalmente nos adultos que os educam. As crianças demandam sem cessar por proteção, seja no olhar, nos toques, nos significantes que dirigimos na direção dos mesmos, manejos e recursos que, dependendo da situação os adultos se vêem em “papos de aranhas”, dificuldades enfrentadas desde os doutores em educação aos menos letrados. Todos, indubitavelmente, já se depararam com momentos de difíceis manejos com os pequenos, questões estas que para alguns, apesar do tamanho, sabem manipular muito bem, deixando qualquer adulto, a depender da situação, em total desvantagem.
Há nesta geração de crianças uma urgência em atualizar os significantes, questões que antigamente surtiam efeitos, como ameaças, medos, hoje não têm mais lugar, e, todo aquele legado deixado por nossos pais e avós, se não atualizados, não sustentam o percurso que os nossos filhos estão construindo. A demanda atual das crianças não cessa na materialidade, exige dos adultos, reflexão e flexibilidade nas devolutivas, palavras que vão atenuar ou demandar maiores detalhes na continuidade dos diálogos.
Tempos atrás um pai se referia a um filho que repetia o ato de esquecer-se de – “bobalhão que se esquece de tudo”! – com estas colocações sublinhadas na adjetivação, tentava provocá-lo para fazer diferente, mudar, ficar mais atento. Hoje estes endereçamentos não produzem mais este efeito, provocam outros dispositivos de rebeldias, provocam constrangimentos, e, sinalizam que assim não se educa. A atualidade exige reciclagem, reformular a nossa forma de compreender as mudanças, propor significantes que facilitem a condição de mediação entre: “aquilo que tenho e o que busco dentro das minhas melhores possibilidades, melhorar”. Tentar contemplar a complexa rede educativa resulta em submeter-se a muitas leituras e reflexões no campo das ciências pessoais e sociais; utilizar-se dos novos paradigmas procurando sempre considerar a história pessoal e social dos sujeitos.
Compreender que intervir e colocar limites; também é da ordem da construção, desde que não nos esqueçamos dos termos que ali referimos, pois são dizeres que, talvez, não consigam mais serem desdobrados ou metaforizados, prevalecendo vivo no inconsciente de quem os recebeu, provocando alterações significativas no decorrer das suas vidas, interrompendo ciclos valorosos de  aprendizagens.
Sejamos cautelosos.

Filiação

“Educação se constrói a medida que compreendemos o sentimento de respeito por todos os seres deste planeta, indiferentemente; estabelecendo compaixão por toda humanidade”. (Mel)

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